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Familiares pensam recorrer ao Tribunal dos Direitos Humanos

Quinze anos depois do naufrágio do navio Bolama, as famílias das vítimas continuam sem receber qualquer indemnização. O barco de pesca luso-guineense desapareceu a 04 de Dezembro de 1991, ao largo da costa portuguesa, com 28 pessoas a bordo. Apenas oito corpos foram recuperados, os outros 20 foram dados como desaparecidos.

Na última década e meia o caso deu origem a uma longa batalha jurídica que se arrastou nos tribunais. O processo-crime foi arquivado. Mas ainda decorre um processo cível em que se pedem indemnizações no valor de um milhão e setecentos mil euros.

«Este processo foi iniciado em 1997, marcaram o julgamento passado dois anos. E agora o tribunal vem dizer que não tem competência para julgar. Nós já metemos recurso. E agora, se este processo não for para a frente, vamos recorrer ao Tribunal dos Direitos Humanos», explicou à TSF Joaquim Piló, do Sindicato dos Pescadores.

«As famílias ainda não tiveram qualquer resposta para o naufrágio. Há muitas perguntas e não há respostas nenhumas. O navio afundou e não apareceram coletes, não apareceram bóias de salvação. Isto não se pode conceber», salienta o sindicalista.

Redação