O socialista critica Assunção Cristas por ter afirmado que, se for eleita vereadora, poderá ter de deixar a Câmara para "assumir funções no governo".
Fernando Medina acusou a candidata do CDS-PP à câmara de Lisboa de "não respeitar os eleitores" e usar a corrida às eleições autárquicas como forma de promover uma futura candidatura às legislativas.
"Na verdade, tudo aquilo que a candidatura do CDS-PP está a prometer e a mostrar na cidade é, verdadeiramente, uma ilusão porque, daqui a um ano, quando se iniciar a campanha para as eleições legislativas, veremos Assunção Cristas a fazer exatamente o mesmo, mas para concorrer para sair da cidade de Lisboa", disse Fernando Medina.
O autarca, que falava aos jornalistas após uma visita ao centro de saúde do Lumiar e às futuras instalações que o vão acolher, no hospital Pulido Valente, considerou que "usar a candidatura de Lisboa para acelerar e promover a sua imagem [...] é não respeitar os eleitores".
"Acho isso lamentável numa campanha eleitoral autárquica, acho que não dignifica as eleições autárquicas", reforçou.
Em entrevista ao jornal 'online' Observador, a líder e candidata centrista afirmou que, se não vencer e ficar como vereadora na Câmara de Lisboa, poderá sair para "assumir funções num Governo".
Classificando Assunção Cristas como "uma candidata em part-time, que ainda não é vereadora, mas já é vereadora a prazo", Fernando Medina garantiu estar "de corpo inteiro em Lisboa".
Propostas para a Saúde
Num dia dedicado à área da saúde, o autarca vincou que Lisboa deve ter "melhor saúde e pessoas que vivam mais tempo com melhores condições de vida".
Entre as apostas para o próximo mandato estão, por isso, o investimento de mais de 30 milhões de euros na construção ou reabilitação de 14 centros de saúde "de nova geração" e "com novas valências", que vão substituir unidades em prédios de habitação frequentados por 300 mil utentes, e a criação de 650 camas de cuidados continuados.
Os moldes são semelhantes: o Governo cede os equipamentos e as competências e a Câmara faz as obras. No caso dos centros de saúde, Fernando Medina indicou que vai pedir ao Estado que assegure "recursos humanos necessários".