A UNICEF quer que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens, o que permitiria uma melhor defesa dos direitos das crianças. Madalena Marçal Grilo, directora executiva da UNICEF em Portugal, lembrou as discriminações de que são alvo mulheres e raparigas.
A UNICEF, que comemora esta segunda-feira o seu 60º aniversário, deseja que a sociedade dê às mulheres as mesmas oportunidades que dá aos homens, dado que este é o rumo que melhor defende o direito das crianças.
Em declarações à TSF, a directora executiva do comité português desta organização da ONU diz que a igualdade de géneros e o bem-estar das crianças não podem ser dissociados.
Madalena Marçal Grilo recordou que as mulheres ganham menos que os homens, que a sua capacidade de interferirem nas decisões familiares é reduzida e que a discriminação de que são alvo leva a que ainda hoje se pratique a mutilação genital feminina.
«Há uma série de factos que mostram bem como é que a discriminação se reflecte na vida das mulheres e das raparigas que são privadas de ir à escola, mais do que os rapazes, e que são as que abandonam mais cedo a escola porque têm de atender às tarefas domésticas», acrescentou.
No relatório «Situação Mundial da Infância 2007», que será apresentado esta segunda-feira numa sessão pública em Lisboa, a Unicef revela que há 223 milhões de menores vítimas de violência em todo o mundo.