Há quatro anos, Cascais, Palmela e Sesimbra foram os concelhos que registaram as maiores taxas de abstenção do país, acima dos 60 por cento.
No centro de Tires, Carlos Carreiras está rodeado pela comitiva "laranja", equipada com canetas e bandeiras. Presidente da autarquia desde 2011, quer reforçar a maioria mas sabe que tal só é possível combatendo também a abstenção.
Em 2013, obteve 42,72% dos votos enquanto o PS ficou pela metade, com 21,57%. Seguiu-se a CDU com 11,24%, o movimento Ser Cascais com 7,6%, o Bloco de Esquerda obteve 4,57%, o Partido Trabalhista Português conseguiu 1,37% dos votos, PPM-PND-PPV alcançou 0,96 e PCTP/MRPP obteve 0,88%.
Cascais está nas mãos da direita há mais de 15 anos, quando António Capucho conquistou a autarquia ao socialista José Luís Judas em 2001. O atual executivo camarário é composto por seis vereadores da coligação PSD/CDS-PP Viva Cascais, três vereadores do PS, um da CDU e um vereador independente do movimento Ser Cascais.
Para reconquistar Cascais, o PS apostou este ano na antiga ministra da Cultura Gabriela Canavilhas que a TSF encontra em frente à estação de comboios antes de uma ação que vai percorrer a Rua Frederico Arouca, conhecida por "Rua Direita". Também ela está ciente que a abstenção é um problema no concelho, mas sobretudo retrato do descontentamento dos munícipes em relação ao atual executivo.
Em Cascais, concorrem seis candidatos à Câmara Municipal.
Carlos Carreiras é recandidato pela coligação PSD/CDS-PP; Gabriela Canavilhas é candidata pelo PS; Clemente Alves, vereador na autarquia de Cascais desde 2013, é o candidato da CDU; Cecília Honório pelo Bloco de Esquerda; o PAN concorre pela primeira vez a Cascais com a candidatura de Francisco Guerreiro; e há ainda a candidatura independente de João Sande e Castro (Também És Cascais).