A Associação Portuguesa de Deficientes e o Governo aplaudem o Roteiro da Inclusão de Cavaco Silva, vocacionado para a integração dos deficientes. O Governo considera mesmo que este roteiro não colide com as novas medidas de tributação à deficiência.
O Presidente da Associação Portuguesa de Deficientes disse, esta segunda-feira, que o Roteiro de Inclusão que o Presidente da República vai realizar para dar a conhecer as boas práticas de inclusão de deficientes aparece num momento muito oportuno.
Trata-se de «uma acção que o Presidente da República decidiu em boa hora desenvolver», afirmou Humberto Santos, em declarações à TSF, acrescentando que esta é uma oportunidade para Cavaco «influenciar positivamente as atitudes dos portugueses e das instituições».
Para Humberto Santos, ainda «há muito a fazer» para ajudar um grupo social «profundamente fragilizado». Acções como esta ajudam a «abrir mais portas» e a desenvolver «uma consciência social mais acentuada», rematou.
Também para o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, este roteiro vai ao encontro das medidas governamentais. Neste sentido, o governo decidiu acompanhar o roteiro de perto.
Este roteiro vem confirmar a prioridade que o governo tem dado «à inclusão das pessoas com deficiência, não só no PNAE (Plano Nacional para a Inclusão), como também no programa específico criado para a promoção da inclusão das pessoas com deficiência», afirmou Vieira da Silva.
Questionado pela TSF, o ministro adiantou que «não houve nenhum agravamento fiscal» para os deficientes, mas sim «alguma alteração de critérios», como uma «maior atenção àquelas pessoas e famílias», que não têm «rendimentos elevados do trabalho ou de outras fontes».
O Roteiro de Inclusão de Cavaco Silva, vai passar por Lisboa, Aljubarrota, Miranda do Corvo e Lousã durante dois dias, e visa destacar algumas das boas praticas existentes no país, quer na formação de pessoas com deficiência quer na sua integração no mercado de trabalho.