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Greve após período sem propostas da administração

O sindicalista Diamantino Lopes explicou que a greve desta terça-feira no Metropolitano de Lisboa acontece após a nova administração da empresa não ter apresentado qualquer proposta com relação ao prolongamento do Acordo de Empresa. A greve invabilizou a abertura de todas as estações.

O sindicalista Diamantino Lopes explicou que a primeira paralisação no Metropolitano de Lisboa após a entrada em funções da nova administração, levada a cabo esta terça-feira, acontece após um período em que nada de relevante em termos de negociações.

Diamantino Lopes lembrou que os trabalhadores do Metro não fizeram qualquer grave desde Novembro, após o novo presidente do Conselho de Administração do Metro ter demonstrado vontade para se sentar à mesa das negociações com os sindicatos.

«Não houve qualquer proposta até ao momento, o que leva os trabalhadores do Metro a terem que desencadear esta luta», afirmou o sindicalista da FESTRU, que acusa a Secretaria de Estado dos Transportes de estar na base deste impasse.

O líder sindical lembrou que a administração quis ouvir as razões dos trabalhadores numa primeira reunião, mas que no terceiro encontro que houve entre as duas partes, a administração comunicou aos trabalhadores não ter condições para satisfazer as reivindicações.

«Este conselho de gerência está com o mesmo problema do conselho de gerência anterior. O conselho de gerência limita-se a cumprir as orientações que vêm da Secretaria de Estado», concluiu.

A adesão à greve dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa realizada esta terça-feira rondou os cem por cento, tendo apenas ficado de fora desta paralisação os trabalhadores que estão a contrato, indicou fonte sindical.

A oitava greve de protesto contra as intenções da administração da empresa de acabar com o Acordo de Empresa juntou cerca de 1700 trabalhadores, o que inviabilizou a abertura de todas as estações, acrescentou Diamantino Lopes, da FESTRU.