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Papa sublinha valor da vida humana

O Papa Bento XVI lembrou este domingo, na oração do Angelus, o valor da vida humana, numa altura em que a morte provocada do italiano Piergiorgio Welby suscita polémica em Itália. O Sumo Pontífice pediu ainda o fim dos preconceitos e das barreiras que dividem os povos.

O Papa Bento XVI sublinhou este domingo, na missa dominical do Angelus, «o valor da vida de todos os seres humanos», numa altura em que a morte provocada do italiano Piergiorgio Welby suscita uma grande polémica em Itália.

«O nascimento de Cristo ajuda-nos a ter consciência do que vale a vida humana, a vida de qualquer ser humano, do seu primeiro instante ao seu declínio natural», declarou o Papa

Recorde-se que Piergiorgio Welby, 60 anos, afectado com distrofia muscular, morreu quarta-feira, após os médicos, a seu pedido, terem desligado o ventilador que o mantinha vivo desde 1997.

A sua morte relançou em Itália a polémica sobre o direito à eutanásia, tema que divide profundamente a classe política.

O vicariato de Roma, dirigido pelo cardeal Camillo Ruini que dirige a diocese em nome do Papa, recusou as exéquias religiosas a Piergiorgio Welby devido à sua vontade de morrer ser contra a doutrina da Igreja.

A poucas horas de celebrar a tradiconal missa do Galo na Basílica de São Pedro, Bento XVI apelou a topdos os católicos para que não se esqueçam que o verdadeiro herói da festa do Natal é Jesus.

Na mensagem do Angelus, o Sumo Pontífice pediu também o fim dos preconceitos e que as barreiras que dividem os povos sejam eliminadas

«Neste mundo onde Jesus quis ser o companheiro de viagem de cada um de nós, ninguém é estrangeiro», declarou o Papa durante o Angelus.

«É verdade, estamos todos de passagem (...) mas ele pede-nos que façamos com que a casa seja acolhedora para todos (...), que vençamos os preconceitos, que abatamos as barreiras e que eliminemos as oposições que dividem, ou pior ainda, que opõem os indivíduos e os povos, para que construamos um mundo de justiça e de paz», comentou Bento XVI.

O Sumo Pontífice apelou ainda para que o mundo muçulmano aceite os direitos humanos e a liberdade religiosa, há semelhança do que a Igreja católica fez no passado.