Política

Precariedade é "alimentada por empresas de trabalho temporário"

Carlos Barros/Lusa

A CDU considera que é urgente continuar a luta pelo combate à precariedade no trabalho.

Num almoço com os trabalhadores da Câmara Municipal de Palmela, Jerónimo de Sousa sublinhou que ainda há muito caminho a percorrer na recuperação de direitos dos trabalhadores, que foram retirados durante o governo da coligação PSD-CDS, como por exemplo a eliminação dos cortes nas horas noturnas e os 25 dias de férias dos trabalhadores da função pública.

É preciso adotar um programa nacional de combate à precariedade e trabalho ilegal. E, para isso, há que fazer alterações na lei, "que permitam eliminar as normas existentes e que facilitam a contratação do trabalho precário, seja público, seja privado".

Jerónimo de Sousa coloca o dedo na ferida e diz que a precariedade do trabalho em Portugal "é alimentada pelo recurso sistemático a empresas de trabalho temporário, para funções permanentes em empresas de diversos setores de atividade, ou pela panóplia criativa de situações de precariedade, que deixam pendurada a vida de milhares de trabalhadores".

O PCP chama a si ganhos que já foram obtidos no setor do trabalho, como a reposição dos feriados, o aumento do subsídio de alimentação ou a reposição das 35h de trabalho semanal na administração pública, mas defende que há ainda um longo caminho a percorrer "para eliminar os cortes no trabalho noturno e no trabalho extraordinário, para assegurar o direito à progressão nas carreiras, mas também pela reposição dos 25 dias de férias que o governo PSD/CDS reduziu para 22 dias".

Uma redução que a CDU propôs há um ano e que foi recusada por PS, PSD e CDS.