Economia

"Este é mesmo o momento" de debater fundos europeus pós-2020

Paulo Novais/Lusa

Em Coimbra, o primeiro-ministro pediu um "grande debate interno" sobre o financiamento de Bruxelas, tendo em vista uma "estratégia nacional de negociação" a nível europeu.

António Costa não quer perder tempo e defende que para que para que as negociações sobre o "envelope financeiro" que chegará de Bruxelas estejam fechadas em 2019, Portugal deve ter uma decisão tomada sobre o que considera prioritário já no próximo ano.

O primeiro-ministro chama a atenção para a necessidade de um debate aprofundado sobre o tema, que deve começar o quanto antes.

"Este é mesmo o momento em que este debate tem de ser feito", disse, esta tarde, em Coimbra, o primeiro-ministro, sublinhando que o país deve ter "um grande debate interno, desde já, para antes de mais, sabermos o que é que queremos para a próxima década", defendendo que, em função desse debate, o país pode "definir uma estratégia nacional de negociação".

Em Coimbra, no Instituto Pedro Nunes, onde fez o discurso de abertura de uma sessão integrada no ciclo de audições públicas sobre a Estratégia Nacional para Portugal pós-2020, António Costa salientou ainda que o tema é complexo e o que está em causa é financiamento fundamental para o desenvolvimento e o futuro do país.

"Temos de ter capacidade de iniciativa e de imaginarmos como é que, conservando o acesso à política de coesão, ganhamos capacidade para aceder a outro tipo de fundos", defendeu, lembrando que, em regra, esses fundos, têm sido "mais vocacionados para outros países com um outro estágio de progresso relativamente a Portugal" e aos quais "temos tido dificuldades de aceder".

Nesse sentido, o primeiro-ministro insiste: "São oportunidades de financiamento absolutamente chave para o nosso futuro", acrescentando que, no país e no contexto de Portugal na União Europeia, os últimos nove meses "têm sido uma exceção" à "estagnação" e à "recessão" e que é preciso "uma década de convergência sustentada".

Além de António Costa, participaram na sessão o ministro da Educação, o ministro da Economia, o ministro do Planeamento e Infraestruturas e o ministro da Ciência e Ensino Superior.