Política

CDU apela ao combate à precariedade no trabalho das mulheres

Pedro Granadeiro/Global Imagens

A CDU centrou as atenções nas mulheres no comício de Braga, por considerar que são o alvo mais fácil da precariedade, sobretudo as mulheres trabalhadoras.

Jerónimo de Sousa reafirmou a necessidade do combate à precariedade, sublinhando que as mulheres trabalhadoras são vítimas de baixos salários, das discriminações salariais e das injustas progressões na carreira. "A precariedade é uma chaga social que penaliza fortemente os jovens casais e em particular as mulheres trabalhadoras, pondo em causa os seus projetos de vida, impedindo que tenham o número de filhos que desejam, dificultando o acompanhamento dos filhos em situação de doença ou atividades escolares, quando sobre elas pesam duplamente as responsabilidades familiares".

Com a finalidade de melhorar as condições das mulheres trabalhadoras, o PCP apresentou, na Assembleia da República, um conjunto de propostas que levam ao pedido de parecer prévio à Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego, que tem de ser vinculativo em caso de despedimento ou de não renovação de contrato.

Jerónimo de Sousa apelou ainda ao reforço de poderes da ACT - Autoridade para as condições do trabalho. "Continuamos a reclamar a adoção de uma política de Estado contra a precariedade também nos setores privados, com a adoção de um Plano Nacional de Combate à Precariedade, que inclua, designadamente: o reforço dos meios, particularmente humanos, da Autoridade para as Condições de Trabalho, com vista a cumprir-se a orientação da OIT, que aponta a necessidade de haver um inspetor por cada 10000 trabalhadores; a atribuição de título executivo às decisões condenatórias da ACT, para lhe conferir mais eficácia; a limitação dos casos em que se pode recorrer a empresas de trabalho temporário; a redução da duração dos contratos de trabalho temporário, bem como das razões para se recorrer a eles", enumera.