No âmbito do plano de recapitalização acordado com Bruxelas, Caixa acordou a saída de saída de cerca de 2.000 pessoas. Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Caixa diz que já saíram cerca de 500.
Os trabalhadores da CGD têm até hoje para manifestarem interesse em aderir ao programa de rescisões por mútuo acordo, com o qual o banco quer cumprir a meta de reduzir os efetivos em 500 pessoas até final do ano.
Contudo, tal não significa que sairão da empresa. Esta é uma manifestação de intenção, após a qual os trabalhadores serão contactados pelo departamento de Recursos Humanos e terão acesso às contas sobre quanto receberão de indemnização, podendo estes reconsiderar e decidir não sair.
Também o banco público irá avaliar cada candidatura para decidir se a aceita ou não, pelo que este é um processo que se deverá prolongar até perto do final do ano.
O Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Caixa diz que não tem dados sobre o número de funcionários que já aderiu ao programa, mas o seu presidente, João Lopes, garante que já saíram mais de 500, com reformas ou pré-reformas.
Um número que leva o sindicato a dizer que a administração da Caixa já atingiu o objetivo para este ano, acordado com a União Europeia. Ainda assim, o sindicalista João Lopes receia que o banco público comece agora a convidar mais pessoas a sair.
Fonte oficial da CGD diz que para já é cedo para balanços. Os números só serão divulgados mais tarde.
Em junho passado foi conhecido que a CGD ia avançar com um inédito programa de rescisões por mútuo acordo, de modo a acelerar a saída de trabalhadores, uma vez que o programa de pré-reformas não é suficiente para atingir os objetivos de redução de empregados negociados com a Comissão Europeia.
Aos trabalhadores que descontam para a Caixa Geral de Aposentações, o banco público oferece uma indemnização de 2,1 meses por cada ano de trabalho e a quem tem o regime da segurança social (trabalhadores mais recentes ou de empresas do grupo Caixa) 1,6 meses por cada ano de serviço, em ambos os casos no máximo de cinco anos.
Os trabalhadores poderão ainda manter algumas vantagens de crédito à habitação e serviços de saúde, contudo, nestes casos o valor da indemnização a receber será mais baixo.
Em julho, quando apresentou os resultados da CGD do primeiro semestre (período em que teve prejuízos de 50 milhões de euros), o presidente do banco, Paulo Macedo, disse que 100 trabalhadores já tinham manifestado interesse em sair no âmbito do programa de rescisões por mútuo acordo.
A CGD tem de chegar ao final do ano com pelo menos, menos 500 trabalhadores do que no início de 2017, para cumprir a meta definida com a Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia.
No âmbito da recapitalização da CGD, o banco público acordou com Bruxelas um programa de reestruturação que passa, entre outras medidas, pela saída de cerca de 2.000 pessoas até 2020, através de pré-reformas e rescisões amigáveis, num ritmo de 500 a 600 por ano.
A CGD já tinha vindo a emagrecer a sua estrutura nos últimos anos com a saída de centenas de trabalhadores.
No final de 2016, o banco detido a 100% pelo Estado tinha 8.133 trabalhadores em Portugal.