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DGS alarga lista de doentes para cirurgia

A Direcção-Geral de Saúde (DGS) esclareceu, esta quinta-feira, que os doentes com índice de massa corporal igual ou superior a 40 não estão excluídos do programa de cirurgia para tratamento da obesidade. Porém, a prioridade será dada aos doentes com obesidade mórbida muito grave.

A circular anterior limitava o acesso às cirurgias de tratamento de obesidade aos doentes com índice de massa corporal (IMC) igual ou superior 50.

Agora, esse limite é alargado aos doentes com IMC igual ou superior a 40, seguindo as recomendações internacionais, conforme explicou à TSF Alexandre Diniz, da DGS.

«A prioridade de acesso à cirurgia para tratamento da obesidade continua a ser em relação aos doentes com IMC igual ou superior a 50, porque são aqueles com maior risco de vida, sendo que são eleitos também para cirurgia os doentes com IMC igual ou superior a 40», esclareceu.

Em Portugal, estima-se que existam entre dez a 15 mil doentes com IMC igual ou superior a 50 e cerca de cem mil com IMC igual ou superior a 40.

Deste modo, a alteração da circular passa a abranger um universo mais alargado de doentes no acesso às cirurgias. Apesar disso, Alexandre Diniz dz não se tratar de uma correcção, realçando antes as dúvidas que vão ser entretanto esclarecidas.

«A forma como está redigida a circular é susceptível de levantar dúvidas de interpretação, pelo que vai ser feita uma nota explicativa. Não se trata de uma correcção, mas de um esclarecimento de interpretação», disse.

Em reacção, a Associação de Doentes Obesos e Ex-obesos disse estar satisfeita com esta decisão, com Carlos Oliveira a considerar que na anterior circular havia um «pequeno lapso».

«Estamos satisfeitos com esta decisão, porque era aquilo que nós tinhamos introduzido no Programa Nacional de Luta contra a Obesidade, sendo igualmente o recomendado pela Organização Mundial de Saúde», considerou.

Redação