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Greve geral para 30 de Novembro

As três estruturas sindicais da Função Pública, FESAP, STE e Frente Comum decidiram, esta quinta-feira, convocar uma greve geral para dia 30 de Novembro.

A FESAP e o STE, afectos à UGT, juntam-se à Frente Comum, ligada à CGTP, na paralisação agendada para 30 de Novembro.

As três estruturas sindicais anunciaram a greve, em conferência de imprensa, depois de terem realizado uma reunião para decidir as forma de luta contra a política do Governo para a Função Pública, em particular no que se refere aos aumentos salariais.

O secretário coordenador das FESAP, Nobre dos Santos, explicou que as razões que levaram à paralisação estão relacionadas com a atitude intransigente do Governo que iniciou as negociações salariais com uma proposta de aumento de 2,1 por cento e manteve a mesma posição até ao fim.

«Os motivos que nos levam a esta greve são claros, têm a ver com a negociação colectiva e com a forma como tem decorrido, uma vez que o Governo tem assumido uma atitude de intransigência negocial, nomeadamente no que diz respeito a salários», adiantou.

Nobre dos Santos explicou ainda que a FESAP não quer participar na reunião marcada para o dia 14 com o Governo, caso não seja demonstrada abertura negocial.

«Ou o Governo negoceia ou a FESAP não estará presente», assegurou.

A coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila, considerou que o Executivo deve estar atento: «Vai ser uma greve geral com um êxito muito grande. O Governo deverá tirar ilações, fazer leituras e depois apresentar propostas diferentes».

O presidente do STE, Bettencourt Picanço, adiantou que os sindicatos pretendem «negociar, quem até aqui não tem feito isso é o Governo».

Questionado sobre os efeitos da greve, Picanço disse esperar que o Executivo reconsidere a sua proposta de aumento salariais e volte à mesa das negociações.

A última greve nacional da Função Pública convocada pelas três estruturas sindicais realizou-se a 09 e 10 de Novembro de 2006.

Redação