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Ministro pede compreensão aos sindicatos

O ministro das Finanças gostaria que os sindicatos da Função Pública compreendessem que o Governo não pode oferecer mais do que 2,1 por cento de aumentos salariais para o próximo ano. Entretanto, o primeiro-ministro adiantou que acredita que com diálogo será possível construir «soluções para o futuro».

As três estruturas sindicais, FESAP, STE e Frente Comum convocaram uma greve geral para 30 de Novembro.

Apesar de explicar que o Governo não pode alterar o valor apresentado aos sindicatos da Função Pública, Teixeira dos Santos diz que respeita a atitude relativa à paralisação.

«Seria irrealista irmos além disso (dos 2,1 por cento) porque colocaríamos em causa um objectivo a que não podemos renunciar que é o da consolidação orçamental. Temos que resolver o problema das nossas finanças públicas que é estarmos a gastar bem mais do que é possível», afiançou o ministro das Finanças.

Teixeira dos Santos salientou, no entanto, que os sindicatos têm o «direito» de considerar que «é pouco» e por isso «manifestarem-se».

«Respeito essa atitude dos sindicatos», adiantou.

Sócrates confiante no diálogo

Entretanto, o primeiro-ministro manifestou-se confiante no diálogo entre os sindicatos e o Ministério das Finanças.

Questionado sobre a paralisação, José Sócrates sublinhou que «o ministro das Finanças foi até onde podia ir, até aos 2,1 por cento, que é o maior aumento dos últimos anos».

«Espero também que os sindicatos percebam isso e que nas negociações que ainda decorrem se possa perceber que há momentos para tudo», afirmou.

«Tenho a certeza que com diálogo como sempre fizemos nós construiremos soluções para o futuro», acrescentou.

Sócrates salientou que o aumento de 2,1 por cento permitirá aos funcionários públicos não perderem poder de compra, ao contrário do que aconteceu nos anos anteriores.

«Tenho esperança que nos próximos anos o Estado tenha mais margem de manobra orçamental e que possa ser mais generoso nesses aumentos», disse José Sócrates, à margem XVII Cimeira Ibero-Americana de chefes de Estado e de Governo, que decorre até sábado em Santiago do Chile.

Redação