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Polícia na empresa por falta de serviços mínimos

O administrador da Valorsul justificou a presença de agentes da PSP nas instalações da empresa por causa do não cumprimento dos serviços mínimos durante a paralisação que já se faz sentir há dois dias. O líder da CGTP considera esta presença como «indecorosa».

O administrador da Valorsul entende que a presença de agentes da PSP se justifica pelo não cumprimento dos serviços mínimos na empresa no decurso da greve que se está a verifica e que se arrasta há dois dias.

Ouvido pela TSF, João Figueiredo assinalou ainda que o sindicato «bloqueou as entradas da central incineradora, de São João da Talha, e do aterro sanitário de Mato da Cruz».

Este administrador chamou também à atenção para o facto de alguns trabalhadores terem sido impedidos de ir trabalhar pelos piquetes de greve, que também barraram a entradas das viaturas que iriam descarregar os resíduos.

«O que acontece é que as autoridades competentes tomaram as medidas necessárias para a reposição da lei da greve. Enquanto as autoridades entenderem que deverão permanecer aqui é o entendimento deles», explicou.

João Figueiredo aproveitou ainda para negar que os limites da fossa da central incineradora tenham sido ultrapassados, tal como afirmou o sindicalista Delfim Mendes.

«Há acumulação de lixos junto aos cais de descarga que não permite que haja uma descarga maior. Seria necessária arrumação dos resíduos dentro da fossa e portanto é absolutamente falso que haja qualquer problema de segurança nesse aspecto», confirmou.

Este administrador adiantou ainda que o aterro sanitário de Mato da Cruz está preparado para vários anos e quando a central pára por um mês, todos os anos, para manutenção, todos os resíduos são transferidos para este aterro em segurança.

Numa deslocação que fez à empresa, esta quinta-feira, o líder da CGTP comentou a presença da polícia na Valorsul considerando-a «indecorosa» e com o objectivo de intimidar os trabalhadores.

«Não há aqui nenhum processo de distúrbio de ordem pública, mas sim um conflito laboral. Quer a administração, quer o Governo sabem que um conflito laboral, desde que não haja distúrbios, resolve-se com a negociação», lembrou Carvalho da Silva.

Redação