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Fusão de institutos põe teste em causa

O teste do pezinho realizado a todos os recém-nascidos está em risco. A indefinição que rodeia a integração do Instituto de Genética Médica no Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge pode afectar a realização do teste. Os atrasos na integração estão a obrigar os técnicos a trabalharem sem remuneração.

A fusão do Instituto de Genética Médica com o Instituto Nacional de Saúde Ricardo George, prevista para Outubro, não está concluída e os contratos do IGM com pelo menos 11 técnicos superiores terminaram.

Almerindo Rego, do Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde considera que esta situação é escandalosa. «O que nos parece espantoso é que se tenha investido elevada somas na preparação destes especialistas, para no fim não serem contratados», explica.

«No Instituto Magalhães há 11 profissionais que representam 30 por cento de todos os profissionais que lá trabalham, o que significa que se forem dispensados o funcionamento do instituto Magalhães fica seriamente afectado», avisa o sindicalista.

Estes funcionários estão neste momento a trabalhar gratuitamente e não há garantia que os queiram integrar no instituto Ricardo Jorge. «Aquilo que se fala é que pretendem atirar este pessoal para uma empresa de contratação de pessoal, porque o instituto ainda não tem os quadros aprovados», explica Almerindo Rego.

Ricardo Jorge aponta dedo a Instituto de Genética

Contactado pela TSF, o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge diz que ainda não é possível determinar quais os postos de trabalho necessários mas admite vir a admitir os funcionários.

No entanto, o instituto afirma que este problema não resulta da fusão dos dois institutos mas sim dos contratos precários que há muito tempo são feitos pelo Instituto de Genética Médica.

Redação