A Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA) saiu hoje de uma audiência com o Presidente da República «altamente encorajada» com as garantias de ajuda nas suas reivindicações quanto à assistência médica e isenções de impostos.
Segundo o presidente da ADFA, que falava depois de uma audiência com Cavaco Silva, «o Presidente da República está solidário com as nossas reivindicações e manifestou boa vontade e empenho, em alguns aspectos, falar com o ministro da Defesa».
As principais reivindicações dos deficientes das Forças Armadas centram-se manutenção da assistência medicamentosa gratuita, a isenção de IRS das pensões e ainda nas carreiras militares.
José Arruda afirmou que o Presidente, que, por inerência, é Comandante Supremo das Forças Armadas e «um ex-combatente» na guerra colonial, «reconheceu que era de inteira justiça a reparação daqueles de sofreram no corpo e na alma as mazelas da guerra».
Apesar de o Governo já ter dado garantias do secretário de Estado das Finanças de que as pensões dos deficientes estarão isentas de IRS, o presidente da ADFA defendeu que essa garantia deve ser «aclarada» no Orçamento de Estado de 2008.
Por outro lado, a associação quer que seja reposta a assistência medicamentosa gratuita e que, na reestruturação das carreiras dos militares, em estudo pelo Governo, as pensões dos deficientes fique «relacionada com os vencimentos dos militares no activo».
José Arruda «acredita na vontade política» do Governo em resolver os problemas dos deficientes das forças armadas, mas se tal não acontecer prometem manifestar publicamente o seu descontentamento.