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Governo promete respeitar direitos dos trabalhadores

O ministro da presidência comentou no final da reunião de hoje do Conselho de Ministros a greve geral da Função Pública. Pedro Silva Pereira garante que no apuramento do impacto da paralisação o Governo vai respeitar os direitos dos funcionários públicos.

«É um direito por parte dos trabalhadores. O Governo não tem nenhum comentário a fazer a essa decisão livre dos trabalhadores, fará greve quem entender que é útil, não fará quem achar que não deve fazer», afirmou o ministro.

«O Governo tem a responsabilidade de procurar fazer um apuramento da situação e do impacto da greve nos serviços públicos e irá fazê-lo com total salvaguarda do direito à greve por parte dos trabalhadores», disse.

Na sexta-feira, a greve da Função Pública deverá encerrar tesourarias e repartições de finanças, tribunais, escolas, consultas hospitalares e serviços municipais, segundo os sindicatos, que acreditam que esta será «uma das melhores greves de sempre».

Na saúde e na educação, as perspectivas são elevadas, até porque desta vez a paralisação vai envolver todos os profissionais de ambas as áreas, tendo em conta que os médicos e os professores também aderiram.

As três estruturas sindicais da administração pública marcaram esta greve conjunta «contra a intransigência do Governo nas negociações salariais», um ano após a realização da última paralisação conjunta, pelo mesmo motivo.

Os sindicatos queixam-se, nomeadamente, de a equipa negocial do Ministério das Finanças ter iniciado o processo com uma proposta de aumentos salariais de 2,1 por cento e de ter encerrado as negociações com o mesmo valor.

A última greve convocada pelas três estruturas sindicais realizou-se a 9 e 10 de Novembro de 2006 contra o aumento salarial de 1,5 por cento que o Governo decidiu aplicar, apesar de a inflação prevista nessa altura ser de 2,1 por cento.

Redação