Os Sindicatos da Função Pública garantiram, esta sexta-feira, que caso o Governo não manifeste disponibilidade para o diálogo, novas paralisações surgirão no próximo ano. Sobre a greve de hoje, as estruturas sindicais apontam para uma adesão de 80 por cento
Os sindicatos da Função Pública actualizaram, esta tarde, os números da greve de hoje, garantindo que 80 por cento dos funcionários não foram trabalhar.
Numa conferência de imprensa, as estruturas sindicais da Administração pública deixaram ainda um alerta ao Governo - se não houver uma abertura ao diálogo, no próximo ano, haverá novas paralisações.
«A resposta é com todas as formas de luta que forem possíveis, incluindo a greve caso seja necessário», ameaçou Ana Avoila, da Frente Comum.
A dirigente sindical disse ainda que cerca de 80 por cento dos trabalhadores não foram trabalhar, sublinhando que, se o Executivo diz o contrário, «está a mentir».
Segundo os sindicatos, no sector da justiça e segurança social a adesão à greve atingiu recordes, sendo que alguns fizeram greve pela primeira vez, conforme explicou Nobre dos Santos, da Fesap.
«Muitos locais que nunca tinham feito greve depois do 25 de Abril, fizeram agora, pelo que temos de a considerar um êxito», sublinhou.
No entanto, os números do Governo são muito diferentes, com o secretário de Estado da Administração Pública, João Figueiredo, a garantir ao início da tarde que a paralisação rondava os 20 por cento.