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Rogério Alves alerta para ameaças à unidade dos advogados

O bastonário cessante da Ordem dos Advogados, Rogério Alves, entende existirem ameaças à unidade dos advogados. Já Marinho Pinto, recentemente eleito como bastonário, diz que estes perigos são «reais, mas não têm a dimensão que parecem».

O bastonário cessante da Ordem dos Advogados considerou que há ameaças à unidade na classe, um aviso que fez a António Marinho Pinto, recentemente eleito como sucessor de Rogério Alves.

«Não é por causa do dr. Marinho Pinto, mas hoje há um certo perigo de pulverização da advocacia e da Ordem dos Advogados. Os inimigos externos e internos estão sempre à espreita para ver quando podem estilhaçar aquilo que tem sido um património fundamental da Ordem: que é a unidade dos advogados na sua unidade», explicou.

Rogério Alves pediu ainda ao novo bastonário para que fique atento aos «projectos nomeadamente legislativos que visam tutelar e domesticar as ordens e que procuram conferir-lhes algumas limitações à sua actividade reguladora».

«O novo bastonário vai ter de, com a sua conduta, fazer um esforço grande para manter a unidade da Ordem», concluiu o ainda bastonário, que não concorreu à sua reeleição.

Numa resposta a estas declarações de Rogério Alves, Marinho Pinto considerou que estão são exageradas, muito embora o bastonário recentemente eleito tenha reconhecido que estes perigos são reais.

«Salvo o devido respeito, acho que se está a exagerar um pouco nos perigos que são reais, mas que não têm a dimensão que parece terem. Estou convencido que os advogados, meus opositores, que combateram o meu projecto, saberão respeitar os resultados eleitorais», explicou.

Marinho Pinto apelou à união de todos os advogados «em torno da Ordem dos Advogados que é o maior instrumento que a advocacia tem para defesa dos seus valores», muito embora tenha reconhecido que «onde há dois advogados não haverá unanimidade».

Redação