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Banco Alimentar contra a Fome em dificuldades

O Banco Alimentar contra a Fome, de Setúbal, está numa situação preocupante devido à falta de receitas. Mendes Barata, presidente da direcção, diz que as despesas de transporte dos alimentos estão a tornar-se praticamente incomportáveis.

O Banco Alimentar contra a Fome, de Setúbal, está a passar por grandes dificuldades devido à quebra nas suas receitas, que começam não chegar para pagar aos cinco funcionários da instituição, responsáveis pelo manuseamento de três mil toneladas de alimentos anuais.

Apesar de 90 por cento dos alimentos deste banco serem oferecidos por grandes superfícies, o dinheiro também escasseia para o seu transporte dos alimentos a cargo deste banco alimentar de Setúbal.

«Eles dão-nos, mas temos de os ir buscar e esse transporte tem custo naturalmente elevados», explicou o presidente da direcção do Banco Alimentar, de Setúbal, que espera resultados operacionais negativos para este ano.

Ouvido pela TSF, Mendes Barata disse acreditar que com mais 60 ou 70 mil euros por ano as coisas poderiam ser diferentes, mas a verificar-se o actual estado de coisas o número de funcionários poderá mesmo diminuir.

«Nós efectuamos um mailing anual e notamos que há uma diminuição de donativos. Algumas autarquias apoiavam-nos e este ano essa redução foi brutal. As despesas crescem e as receitas têm vindo a diminuir», notou.

Mendes Barata admite também que se se continuar a verificar uma redução nas despesas, o Banco Alimentar de Setúbal poderá ainda vir a deixar de receber determinados tipos de produtos, passando as instituições a receber menos.

O Banco Alimentar contra a Fome, de Setúbal, apoia diariamente 22500 pessoas, tendo duplicado a quantidade de alimentos recolhidos apenas nos últimos três anos.

Na região de Setúbal, segundo Mendes Barata, o número de pessoas a precisar de ajuda alimentar aumenta cada dia.

Redação