Sociedade

Casa Abrigo para homens vai continuar de portas abertas

Nuno Pinto Fernandes/Global Imagens

É considerada um sucesso e vai prolongar o trabalho por mais um ano, a primeira casa abrigo para homens vitimas de violência domestica, abriu há precisamente um ano, em Faro.

A secretária de estado da Cidadania e Igualdade, Catarina Marcelino garantiu à TSF que vai manter o apoio a este projeto, que é gerido pela Fundação António Silva Leal.

Carlos Andrade, o presidente desta fundação, que tem a cargo também uma casa abrigo para mulheres, lembra que quando arrancaram com a casa abrigo para homens estavam a lançar-se num terreno desconhecido e a agarrar um fenómeno com um reduzido grau de aceitação.

As 10 vagas disponíveis nunca estiveram todas ocupadas ao mesmo tempo, mas foram apoiados no ultimo ano 11 homens, de vários pontos do pais, com uma idade média acima dos 40 anos e num dos casos com uma criança a cargo.

Todos estes homens vindos de um contexto muito particular, tal como a violência no feminino também neste caso as características estão bem identificadas.

Carlos Andrade explica que há um certo mito que ainda não se desfez de que os homens são fortes e suportam tudo.

Em declarações à TSF, o diretor da fundação que está a gerir a primeira casa abrigo para homens explica que o acompanhamento das vitimas no masculino e no feminino é idêntico mas os homens ainda precisam de consolidar mais apoios.

A secretaria de estado da Cidadania e Igualdade revela que vai renovar os apoios dados há um ano em Lisboa e Matosinhos para ajudar vitimas de violência na comunidade LGBT. Catarina Marcelino está apostada em investir numa sociedade não violenta através da educação e da sensibilização, porque "a violência seja contra homens seja contra mulheres é intolerável".

Nesse sentido, a secretaria de estado informa que já esta a trabalhar no novo plano contra a violência domestica e de género e à semelhança do que aconteceu no ano passado no dia da violência contra as mulheres está a ser trabalhada uma campanha que não tem a imagem de uma mulher porque se pretende uma campanha inclusiva.