O debate sobre a composição metálica do euro, começou antes dos casos de alergia detectados em Espanha. No final do ano, o movimento eurocéptico da Noruega alertou para a questão.
A composição das moedas de um ou dois euros viola a directiva comunitária sobre níveis máximos de níquel, alertava o movimento eurocéptico da Noruega. O correspondente da TSF, Hélder Fernandes, deu no final do ano passado, conta destas preocupações europeias.
As suspeitas foram lançadas por testes médicos realizados na Noruega, Áustria e Alemanha. Os eurocépticos noruegueses afirmavam que as novas moedas europeias contêm 25 por cento de níquel. Desta forma o metal pesado supera os níveis permitidos pela legislação comunitária.
As moedas deveriam ser banidas, mesmo antes de entrarem em circulação, defendia o movimento norueguês do «não» à Europa.
De acordo com a directiva comunitária 94/27 de 30 de Junho de 1994, as moedas que contêm níquel não podem libertar mais do que meia milionésima de grama por centímetro quadrado por semana.
Uma milionésima corresponde à parte de um grama dividida por um milhão. O pior, alertavam os eurocépticos, é que as novas moedas de um e dois euros poderão vir a libertar entre duas e oito vezes mais dos limites de níquel permitidos pela directiva comunitária.
O níquel muito usado em jóias, relógios e moedas, é o metal pesado responsável pelo maior número de alergias de contacto com a pele registadas na Europa, estimando-se que dez por cento das mulheres e um por cento dos homens sejam alérgicos a esta metal.
Outros especialistas defendem que os riscos para a saúde são mínimos. Só as pessoas que têm muito contacto com as moedas, como caixas de supermercados ou empregados bancários, é que podem desenvolver alergia.
Em causa estão as moedas de um e dois euros onde o níquel se juntou ao cobre e ao latão, quanto aos cêntimos são feitas de ouro nórdico e aço, coberto de cobre.