A operadora Optimus nunca será vendida por iniciativa da Sonae. A garantia foi dada por Belmiro de Azevedo, em entrevista ao jornal Público, onde defende, também, uma estratégia económica para o país.
A Optimus, a terceira operadora móvel controlada pela Sonae.com poderá ser vendida mas nunca por iniciativa da Sonae. A garantia foi dada por Belmiro de Azevedo, presidente do grupo Sonae, numa entrevista conjunta ao jornal Público e Rádio Renascença.
«(...) A Optimus não será vendida por iniciativa nossa. O que digo é que não tenho o direito de recusar ofertas que não podem ser recusadas. Mas não existe tal oferta nem a Optimus está à venda», avançou o presidente do grupo Sonae.
Na entrevista, publicada na edição desta segunda-feira do jornal Público, Belmiro de Azevedo diz ainda discordar do modelo escolhido pelo Governo para a segunda fase de privatização da Portucel, mas acrescenta que a Sonae «não desistiu».
O presidente da Sonae considera o modelo escolhido «um modelo excessivamente complicado, mas mostrou a disponibilidade da Sonae em lutar pelos seus objectivos, não podendo ser ignorado que detém cerca de 30 por cento da produtora de pasta e papel».
O «patrão» da Sonae falou, também, da actual situação do país, tendo defendido a necessidade de uma estratégia económica que permita a Portugal melhorar a competitividade.
Belmiro de Azevedo diz entender a estratégia de «pôr as contas em dia», levada a cabo pela ministra das Finanças, mas espera que «partir de agora, venham as intenções mais estratégicas para o desenvolvimento do país.
O empresário referiu-se ainda à necessidade de uma mudança cultural na cabeça dos trabalhadores «que tem de passar por eles próprios e não pode passar pelas ideias de um sindicalismo atrasado, ortodoxo, retrógrado, que não defende os trabalhadores mas os medíocres».