Victor Constâncio considera que as medidas anunciadas pelas Finanças são suficientes para colocar o défice abaixo dos três por cento. No entanto, alerta para a existência de áreas que são menos previsíveis, a nível da execução orçamental.
O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, considera que as medidas anunciadas pelo ministério das Finanças, com vista a colocar o défice abaixo dos três por cento em 2002, são suficientes e já estavam previstas no orçamento rectificativo para 2002.
«Em relação a essas receitas extraordinárias, neste momento, parece-me que são mais ou menos suficientes», avançou o governador do Banco de Portugal à margem da conferência organizada pelo The Economist.
No entanto, Vítor Constâncio ressalva que não existem certezas absolutas sobre o impacto destas medidas no défice.
Aquele responsável refere, nomadamente, áreas da execução orçamental que «são menos previsíveis e menos controladas, no domínio das autarquias e de alguns serviços e fundos autónomos, onde, só um pouco mais adiante saberemos se aquilo que estava previsto foi exactamente cumprido».