A transportadora aérea nacional anunciou oficialmente que vai congelar os salários durante o ano de 2003. Esta é apenas uma das medidas que a TAP adoptou para reduzir o prejuízo dos últimos anos. Os sindicatos já contestaram.
A decisão de congelar os salários da TAP em 2003 está a ser mal recebida pelos sindicatos. A decisão já tinha sido avançada pela administração da empresa mas hoje o administrador-delegado da transportadora deu o facto como definitivo.
Fernando Pinto (na foto) afirmou perante os jornalistas que o congelamento é decisivo para cortar a despesa em 30 milhões de euros. «A massa salarial não pode aumentar e o volume de pessoal também não», frisou o delegado.
Para reduzir os custos, a TAP pretende negociar rescisões de contratos com pessoal com «idade mais avançada» e renegociar os contratos com todos os prestadores de serviços, incidindo nos preços, níveis e condições de prestação do serviço.
As despesas comerciais e de publicidade serão igualmente objecto de contenção, no âmbito do programa que Fernando Pinto considera um «trabalho conjunto de todos na empresa».
O Sindicato dos Trabalhadores de Aviação e Aeroportos (SITAVA) não aceita a decisão. «É revelador da falta de respeito que os administradores da TAP tem pelos seus trabalhadores porque isso nunca foi transmitido aos sindicatos», afirmou Luísa Ramos, do SITAVA.
A TAP reduziu o prejuízo a metade nos nove primeiros meses deste ano, face a igual período de 2001, para 21,7 milhões de euros, mas continua abaixo do previsto no programa de recuperação da empresa aprovado por Bruxelas, segundo os últimos números divulgados.