economia

Empresa recusa acusação de "inside trading"

A Cofina recusou, esta sexta-feria, as acusações de "inside trading" de que são alvo dois administradores da empresa, incluido o seu presidente. A empresa criticou ainda a forma com a informação foi divulgada.

A Cofina considerou, esta sexta-feira, que a acusação de benefício de informação privilegiada ("inside trading"), de que é alvo o presidente do Grupo, Paulo Fernandes, e o administrador Borges de Oliveira, é totalmente infundada.

Em comunicado, a Cofina «considera que a acusação de que são alvo os seus administradores é totalmente infundada, porque os próprios factos que dela constam não preenchem o crime que lhes é imputado e, também, porque a versão dos factos constante da acusação não respeita o rigor e deturpa a realidade».

Recorde-se que, na edição de hoje, os jornais Público e Diário de Notícias noticiaram que dois administradores do grupo Cofina, foram acusados pelo Ministério Público de terem beneficiado de informação privilegiada num processo de compra de acções da Celulose do Caima.

A Cofina desmente a versão dos factos que está presente na acusação e acrescenta que, «ainda que fossem verdadeiros, não constituiriam qualquer infracção à Lei».

«Os acusados não transaccionaram quaisquer acções da Caima para proveito próprio, beneficiando de informação privilegiada, situação que, essa sim, configura o crime de "insider trading"», afirma o comunicado.

A Cofina critica, também, a «forma como foi transmitida à comunicação social a acusação feita contra dois dos seus administradores, sem haver a preocupação de transmitir também a posição dos acusados, numa fase em que é presumida a sua inocência.

O grupo Cofina, presidido por Paulo Fernandes, está presente no sector da comunicação social, detendo, entre outros títulos, os jornais Record e Correio da Manhã.