As exportações de petróleo deverão ser retomadas na Venezuela no mês de Janeiro. A estimativa é feita pelo presidente da PDVSA, apesar da greve geral na empresa entrar no 24º dia.
Ali Rodriguez estima que a Venezuela vai retomar a exportação normal de petróleo já em Janeiro, apesar da greve geral ainda se manter no país.
Em entrevista ao jornal New York Times, o presidente da empresa pública Petroleos de Venezuela (PDVSA), cujos trabalhadores se encontram em greve há 24 dias, avança que, em meados de Janeiro, a empresa deverá ter normalizado, totalmente, o fluxo das exportações de bruto
Já o pleno funcionamento dos poços e das equipas que trabalham nas fábricas vai demorar mais algum tempo, salientou aquela responsável.
Ali Rodriguez, ex-ministro do Petróleo da Venezuela e ex-secretário-geral da OPEP, avançou que, com a continuação da greve, a empresa tem vindo a recorrer a pessoal não afecto à greve e a reformados para reconstruir as equipas de trabalho, sendo que 20 por cento dos quadros já retomaram o trabalho.
Recorde-se que a greve geral foi desencadeada a 2 de Dezembro, pela Confederação dos Trabalhadores da Venezuela (CTV) e pela federação patronal Fedecamaras, com o objectivo de contestar a política do presidente venezuelano Hugo Chavez, exigindo também a sua demissão e a organização e eleições antecipadas.
Rodriguez prevê que a «maioria» dos assalariados do sector deverão regressar aos seus postos de trabalho, no decorrer da segunda semana de Janeiro. Ao mesmo tempo, defende que sejam assumidas reformas estruturais na PDVSA que impeçam a empresa de, no futuro, ser utilizada como instrumento de pressão em conflitos políticos.
Segundo as previsões do presidente da PDVSA, a greve geral já causou perdas na ordem dos 1,3 mil milhões de dólares.