economia

Produção de petróleo está relançada, diz Chavez

O presidente da Venezuela, Hugo Chavez, disse na sexta-feira que a indústria petrolífera do país, parada pela greve geral, decretada pela oposição de direita há 26 anos, está relançada.

«Desde quinta-feira que reabrimos os poços e a produção de petróleo atingiu uma percentagem importante», adiantou o presidente, no final de uma cerimónia no complexo petrolífero da Carenaro, 80 quilómetros a este de Caracas.

«Vamos restabelecer a entrega de combustível, de gasolina, de gasóleo, de gás depois de salvar a pátria de um grupo de conspiradores que nos deu uma punhalada no coração», disse Hugo Chavez.

Oposição apela à desobediência civil

Apesar do optimismo do presidente, de acordo com a oposição, que sexta-feira organizou novas manifestações de protesto, cerca de 36 a 42 mil funcionários da petrolífera estatal continuam em greve.

A oposição venezuelana apelou sexta-feira à desobediência civil como uma forma de endurecer a luta contra o governo do presidente Hugo Chavez.

«Pedimos ao povo venezuelano que exerça directamente a sua soberania e ignore as decisões do governo», disse o líder da oposição, Carlos Ortega, em referência ao artigo 350 da Constituição, que permite aos venezuelanos rejeitar um governo que não respeite a democracia e os direitos do homem.

Falta petróleo nas zonas fronteiriças

Entretanto a Federação de Distribuidores do Petróleo da Colômbia disse que está a verificar-se escassez de combustível nas zonas colombianas que fazem fronteira com a Venezuela devido à greve que se prolonga há já 26 dias.

Os residentes em algumas zonas colombianas fronteiriças consomem há mais de 20 anos, por ser mais barato, o combustível da Venezuela, abastecendo nos postos de abastecimento internacionais desse país, situados na fronteira.