Miguel Frasquilho, Presidente do Conselho de Administração (chairman) da TAP, é o entrevistado desta semana do programa A Vida do Dinheiro, da TSF e do Dinheiro Vivo.
A TAP chegou a 1 milhão de passageiros na ponte aérea Lisboa-Porto. Admite reforçar a rota?
A rota tem uma capacidade de utilização bastante aceitável, acima dos 70%. Para já, isso não está previsto. A maior parte das vendas são feitas no centro e no sul, o que significa que há muitos viajantes a irem para o Porto, nomeadamente estrangeiros. A ponte aérea tem sido um sucesso, como os números provam.
Mas há uma aposta evidente da TAP no Porto, sobretudo tendo em conta as críticas de que foi alvo quando alterou alguns dos voos que tinha para lá?
Ainda bem que fala nisso. Ao longo dos anos, se analisarmos, houve sempre ciclos em que a TAP reduziu a operação no Porto, em que a TAP expandiu a operação no Porto. No início da privatização, houve uma altura em que a companhia passou por dificuldades e foi preciso tomar decisões difíceis. Nunca perdendo de vista que o grande hub da TAP é de facto Lisboa, e é o grande hub do país também. A TAP sempre olhou para o Porto com olhos muito positivos e é isso que está a acontecer nesta altura, em que depois de a operação da TAP se ter vindo a expandir nos últimos anos, de forma muito positiva no global, é possível expandir a operação da TAP a partir do Porto - o que acontecerá já a partir do próximo ano com rotas novas, com rotas que serão retomadas e com maior frequência.