É um dos efetivos mais reduzidos de sempre. O Diário de Notícias revela que a PSP só substituiu metade dos agentes que saíram para a reforma.
No final do ano passado, a Polícia de Segurança Pública (PSP) tinha 20641 policias - saíram 834 agentes e só entraram 453. Os dados constam do balanço social da PSP e são revelados na edição desta sexta-feira do Diário de Notícias.
O saldo de recursos humanos é negativo, com as saídas a serem em maior número do que as entradas.
Entre polícias e funcionários civis, a PSP precisa de mais 400 pessoas.
O jornal conta que a situação vai agravar-se porque até ao fim do ano vão sair para a reforma mais 400 polícias. E o curso de admissão de novos agentes, apesar de já ter sido aprovado pelo governo, ainda não começou e só deverá ter efeitos práticos no fim de 2018.
De acordo com o Diário de Notícias, na PSP há situações invulgares, como a de um superintendente-chefe (posto de topo da carreira) que está em casa há mais de um mês, alegadamente de férias e sem colocação definida.
Por outro lado, mais de 800 policias estão em missões no exterior, destacados para polícias municipais ou para outros órgãos do Estado, um número que aumentou face a 2015.
Consequências para todos, dizem sindicatos
Em declarações à TSF, Mário Andrade, presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia, lamentou que a entrada de novos agentes da PSP fique aquém das necessidades. O dirigente sindical afirmou que tanto os polícias como os cidadãos são afetados pelo facto de o contingente ser tão reduzido.
"O polícia sente que é forçado a efetuar serviços a mais, horas complementares que não são pagas", afirmou Mário Andrade. Também o "serviço público se ressente", com a "demora dos efetivos na chegada às ocorrências", explicou.