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Joana Mortágua critica "silêncio cúmplice" face à repressão na Catalunha

Rui Manuel Ferreira/Global Imagens

Questionada pela TSF sobre os mais recentes acontecimentos e a viagem de Puigdemont e de outros governantes para Bruxelas, a dirigente diz a situação não se alterou porque "o problema mantém-se".

Joana Mortágua considera que problema da região se mantém e defende que, face "ao clima de enorme repressão" gerado por Madrid, "é absurdo que a Europa não ofereça à Catalunha interlocutores" para que o povo possa decidir.

A dirigente do Bloco de Esquerda diz que os mais recentes acontecimentos na sequência da autoproclamação da independência da Catalunha mostram que a situação política da região "não é fácil", uma vez que o Estado espanhol nunca abdicou de assumir posições de força.

Para a dirigente do BE, a viagem de Puigdemont e de outros governantes catalães para Bruxelas não altera o essencial da situação porque, salienta Mortágua, "o problema mantém-se".

Já no que toca às críticas de que Puigdemont tem sido alvo, por causa da alegada fuga para a capital belga, a bloquista diz que caberá ao povo catalão avaliar se é disso que se trata. Joana Mortágua lembra que o antigo chefe de governo disse ter ido procurar ajuda dos líderes europeus para o diálogo e critica o "silêncio cúmplice da Europa" quando confrontada com o "clima de repressão enorme" gerado por Madrid.

Enquanto dirigente partidária, a deputada entende que cabe a cada líder político analisar a situação em que se encontra, mas acredita que, para Puigdemont para os outros governantes catalães, o interesse da região continua a ser o mais importante.