Segurança

Governo cria grupo de trabalho sobre ação da Força Aérea no combate aos fogos

Leonardo Negrão/Global Imagens

O ministro da Administração Interna disse, no parlamento, que está "a trabalhar" com o Ministério da Defesa para "fazer a transição". Grupo de trabalho terá prazo de ação "concretamente definido".

O Governo criou um grupo de trabalho a propósito do processo de transição da gestão dos meios aéreos de combate aos fogos da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC )para a Força Aérea. O anúncio foi feito, esta terça-feira, pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, no parlamento.

"Aquilo em que estamos já a trabalhar com o Ministério da Defesa, constituindo um grupo de trabalho que terá um prazo de ação concretamente definido, é estabelecer o processo de transição, isto é, garantido uma plena operacionalidade enquanto couber à ANPC a operação dos meios aéreos e estabelecendo um modelo de intervenção da Força Aérea", disse, durante a discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2018.

Segundo Eduardo Cabrita, o grupo de trabalho vai debruçar-se sobre a transferência para a Força Aérea dos meio do Estado que, hoje em dia, são geridos pela Proteção Civil, num modelo de intervenção que vai passar por "equipamentos próprios" da Força Aérea, bem como por aquisições e adaptações de meios para o combate aos incêndios, como é o caso de helicópteros.

"Estamos aqui a ponderar nesta fase de transição qual o tempo mais adequado para o lançamento do novo concurso que queremos lançar as próximas semanas", disse ainda o ministro, referindo-se à alocação de meios aéreos "privados" e "temporários" para o combate aos incêndios florestais.

Em declarações na ilha Terceira, nos Açores, onde acompanhou Marcelo Rebelo de Sousa, o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, já tinha adiantado que estava a trabalhar com o Ministério da Administração Interna para criar "um despacho conjunto com prazos, objetivos e critérios" para que a Força Aérea assuma o comando e a gestão centralizada de todos os meios aéreos na prevenção e combate aos incêndios.

Sobre o contrato de aquisição de novos helicópteros, o ministro da Defesa disse apenas que está "bastante avançado", mas não se comprometeu com datas.