Ao assumir funções como responsável pela ANPC, o tenente-general Mourato Nunes defendeu que "a grande reforma" não se pode basear "na simples exigência" de mais meios.
Mourato Nunes pretende uma "utilização mais racional, inteligente e em rede dos recursos", para então depois "partir para a aquisição do que é prioritário e indispensável" para a missão da ANPC.
Na cerimónia de posse como presidente da ANPC, o antigo comandante-geral da GNR adiantou que espera conseguir fazer da Proteção Civil "uma instituição mais ágil, mais próxima, mais qualificada e mais apta a servir os interesses de Portugal e dos portugueses".
Defendeu que mudança "não significa necessariamente que tudo o que existe esteja mal" mas "apenas que continuamente é preciso melhorar, apreender, renovar, adaptar, corrigir e, por vezes, até reconstruir" para poder responder "com eficácia" às questões novas que surgem.
Para esta reforma, Mourato Nunes sublinhou que "não basta apenas a vontade do comando da Proteção Civil", sendo "fundamental um apoio concreto do poder político".
Acrescentou que "as grandes reformas são feitas com as mudanças certas de pequenas coisas, desde que sejam as coisas certas no tempo certo".
Prometeu ainda que a ANPC vai "desenvolver e aprofundar a cultura do rigor, do profissionalismo e da exigência tendo como objetivo a qualidade e a excelência".
Lembrando a "grande tragédia que são os incêndios", Mourato Nunes considerou que há um "longo caminho" a percorrer e que é necessário privilegiar a prevenção e melhorar o combate.
Uma Proteção Civil "moderna, voltada para o futuro, sem fantasmas, nem preconceitos" para "melhor servir" é o objetivo de Mourato Nunes que pretende, "de forma sistemática e permanente", fazer "a avaliação responsável das necessidades" e propor medidas a adotar.
A cerimónia de tomada de posse decorreu no Ministério da Administração Interna, em Lisboa.