No Parlamento a secretária de Estado Adjunta da Educação promete acertar com os sindicatos "uma forma de contagem do serviço" nas carreiras dos professores mas não será no âmbito do OE 2018.
O Governo garante que "vai haver uma forma de a contagem da carreira docente ser, de alguma forma, recuperada" mas a solução ainda não vai constar do Orçamento de Estado para 2018, devido ao "impacto financeiro".
"Não está no Orçamento e nem tinha que estar", disse Alexandra Leitão deixando uma "garantia de negociação com os sindicatos".
No Parlamento, questionada pelos partidos, a secretária de Estado Adjunta da Educação explicou que adiante se verá "como poderá ser feita essa recuperação de rendimentos e com que faseamento".
Durante a audição no âmbito do debate da proposta de Orçamento do Estado de 2018 na especialidade, a secretária de Estado respondeu a perguntas das várias bancadas sobre o descongelamento de carreiras dos professores.
Os partidos da oposição PSD e CDS acusaram o executivo de ter "prometido o que não podia cumprir".
Já os partidos que viabilizam o executivo socialista consideram que o Governo deveria ter retomado o diálogo com os professores "mais cedo", manifestando a expectativa de que seja possível alcançar um acordo.
A secretária de Estado que hoje substitui, no Parlamento, o ministro da Educação ausente por motivo de doença, acusou o anterior Governo de ser o primeiro responsável pela distinção da contagem de serviço dos diferentes trabalhadores da Função Pública.
"Não deixa de ser curioso que, depois de um Governo que durante cinco anos congelou todas as progressões, venha agora dizer que toda a culpa é de quem decidiu descongelar", ironizou Alexandra Leitão.
O primeiro-ministro António Costa prometeu, ontem à noite, que "o cronómetro da carreira dos professores vai voltar a contar" para efeitos de progressão mas lembrou que a reposição imediata e total dos anos de congelamento custaria 650 milhões de euros.
Notícia atualizada às 14h45