Na Manhã TSF, o presidente da câmara de Nelas fala em "racionamento de guerra". O autarca avança que mais três concelhos vão fazer o mesmo.
José Borges Silva, presidente da câmara de Nelas, fala de uma "situação de calamidade na região" e pede medidas "imediatas e duras" para fazer frente a este problema.
Na Manhã TSF, em direto das piscinas municipais de Nelas, o autarca anunciou que vai declarar o estado de emergência municipal e que os municípios de Mangualde, Viseu e Penalva do Castelo vão seguir a mesma orientação.
Depois desta declaração, os presidentes de câmara de Mangualde e Viseu, contactados pela TSF, desmentiram o autarca de Nelas, mas recusaram prestar declarações gravadas.
Numa nota escrita enviada à TSF, Almeida Henriques, presidente da câmara de Viseu, escreve que a declaração de estado de emergência ou calamidade compete ao Governo e ao Presidente da República.
O autarca de Viseu afirma que entende não ser oportuno ou vantajoso acionar o plano municipal de emergência e assegura que já tomou todas as medidas possíveis para combater a seca.
O presidente da câmara de Nelas, José Borges da Silva, garantiu que a decisão foi tomada na última quinta-feira, numa reunião dos quatro presidentes de câmara.
Contactado pela TSF, o gabinete do ministro do Ambiente confirma que houve, de facto, uma reunião com as câmaras de Viseu, Nelas, Mangualde e Penalva do Castelo, na última quinta-feira. O ministério explica que, nesse encontro, ficou decidido que, se alguma das câmaras resolvesse declarar emergência municipal, teria de o comunicar previamente ao Governo, o que não aconteceu até ao momento.
José Borges Silva afirmou que estes concelhos vivem um "racionamento de guerra". O autarca adianta que em Nelas há água para apenas dez dias.
Notícia atualizada às 11h15, com resposta de autarcas de Mangual e Viseu e do Ministério do Ambiente.