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Merkel não consegue acordo para formar governo

Felipe Trueba/EPA

A CDU mantinha negociações com o FDP e com Os Verdes desde setembro para a formação de um novo governo.

Mais uma ronda negocial sem resultados. A chanceler alemã já lamentou o fracasso das conversações e garantiu que fará tudo para que o país seja bem liderado durante "as difíceis semanas que se avizinham".

Angela Merkel adivinha semanas difíceis para a Alemanha, dizendo que esta segunda-feira é um dia de reflexão profunda sobre o que se pretende para o futuro do país.

Desde as eleições de setembro passado, a CDU (União Democrata Cristã) de Angela Merkel, a União Social-Cristã (CSU), o FDP e Os Verdes, negociavam para alcançar um acordo prévio que lhes permitisse iniciar negociações formais de coligação.

A impedir este acordo estarão questões como a política de refugiados, a luta contra as alterações climáticas e os desejos de reduções fiscais por parte do FDP.

O especialista em assuntos europeus, João Pedro Simões Dias, traça três cenários possíveis face a esta crise na Alemanha - Merkel formar governo minoritário, a reedição da "grande coligação" com o SPD ou a repetição de eleições.

João Pedro Simões Dias sublinha que o impasse na Alemanha tem reflexos na União Europeia. Para o especialista, é certo que Angela Merkel sai enfraquecida, qualquer que seja a solução na Alemanha.

O Presidente alemão, Frank Walter Steinmeier, tinha instado os partidos a chegarem a um compromisso e apelou para que assumissem as responsabilidades que os eleitores lhes deram nas eleições de setembro.

Na história da República Federal da Alemanha, isto é desde 1949, nunca houve um governo de minoria a nível federal, e formaram-se sempre coligações com acordos prévios que fazem as vezes de programa comum de governo.