Em declarações à TSF, o Presidente da República considera essencial preservar a memória futura do que aconteceu e espera que, o mais tardar no início do próximo ano, a reconstrução esteja terminada.
No dia da emissão especial da TSF sobre os incêndios de 2017, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que é preciso que "haja memória daquilo que aconteceu". No dia em que passam dois meses dos incêndios de 15 e 16 de outubro, foi publicada uma mensagem no site da Presidência da República:
A TSF foi encontrar Marcelo Rebelo de Sousa na Universidade de Aveiro, a assinalar os 44 anos da instituição e o doutoramento honoris causa da coreógrafa Olga Roriz, e questionou o chefe de Estado sobre a mensagem.
"A razão de ser da mensagem é a seguinte: passa mais um mês sobre uma das tragédias e continuam a chegar à Presidência mensagens e mensagens e mensagens de solidariedade, de sugestão, de proposta. Eu tento responder ao maior número, não posso responder a todas, e daí uma mensagem para todos", disse à TSF.
"Também quero dizer com aquela mensagem que aproxima-se o Natal, eu estarei nas áreas devastadas e é preciso que haja memória daquilo que aconteceu. Não haja ideia de que o ano foi todo muito bom, com um pequeno problema que foram as tragédias. Não é verdade. Houve neste ano o melhor e o pior. O melhor em termos económicos e financeiros e no prestígio internacional; o pior, as tragédias", continuou.
Para o Presidente da República é essencial "termos presente o que aconteceu... é fundamental como lição para o futuro, porque há muito a refazer ainda nos próximos anos".
No entanto, Marcelo Rebelo de Sousa lamentou o atraso na reconstrução de casas ardidas: "Tinha chegado a dizer a certa altura, perante a tragédia de Pedrógão, que esperava que no Natal todos tivessem já as suas casas. Infelizmente não é possível, mas que seja possível o mais cedo no próximo ano. Depois há a segunda tragédia e o mesmo se aplica à segunda tragédia".