O Governo anunciou que o aumento do salário mínimo, no próximo ano, será para os 580 euros, e não para os 600 euros defendidos pelos comunistas.
A deputada comunista Rita Rato reiterou esta quinta-feira a necessidade de aumento do salário mínimo para 600 euros em 2018, argumentando que apesar de valorizar os "sucessivos aumentos", estes são insuficientes face ao custo de vida.
"Relativamente ao aumento do salário mínimo nacional, o PCP reafirma a necessidade do seu aumento para 600 euros. Valorizamos os sucessivos aumentos, mas continuam a ser insuficientes face ao custo de vida e às exigências de dignidade na vida de cada um dos trabalhadores", defendeu Rita Rato.
Esta tomada de posição do PCP acontece depois de na terça-feira ter sido anunciado pelo ministro do Trabalho, Vieira da Silva, que o salário mínimo nacional vai subir no próximo ano de 557 para 580 euros, embora sem um acordo na concertação social.
"Não há um único argumento de ordem económica e social que justifique a manutenção do salário mínimo abaixo dos 600 euros", sublinhou Rita Rato.
A deputada comunista apontou que Portugal continua a ter "dos salários mínimos mais baixos da zona euro", existindo pobreza entre os trabalhadores.
"Por isso mesmo, o aumento do salário mínimo para 600 euros já em 2018 é uma exigência de dignidade e é também um contributo para a dinamização da economia, porque significa desde logo mais receitas para a segurança social, dinamização do mercado interno e combate à pobreza, frisou.