Os presidentes do FC Porto e do Sporting não gostaram que o grupo de clubes G15, que reúne os restantes clubes da I Liga, não tivesse aceitado discutir as propostas que apresentaram.
O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, e o presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, abandonaram esta sexta-feira, mais cedo, a assembleia-geral da Liga de Clubes de futebol, agastados com a forma como os trabalhos se estavam a desenrolar.
O dirigente portista partilhou, à saída da sede da instituição, que o movimento de clubes G15 - que engloba os emblemas da I Liga à exceção dos três 'grandes' - recusou a admissão de propostas apresentadas pelo seu clube e pelo Sporting.
"O FC Porto apresentou hoje propostas cuja admissão foi recusada pelo G15. Curiosamente as propostas do FC Porto eram para a correção de gralhas que estavam nos regulamentos, e que toda a gente reconheceu", começou por dizer Pinto da Costa.
O líder do clube 'azul e branco' deixou muitas críticas aos clubes que integram o movimento G15, acusando-os de "não quer dialogar". "Os clubes do G15 defendem que deve haver diálogo, e eu também defendo, mas um diálogo na Liga. Mas se o G15 quisesse conversar tinha de admitir as propostas dos outros, nem que, depois, as viesse a votar negativamente", apontou Pinto da Costa.
Foi por esse motivo, que o presidente do FC Porto decidiu abandonar, prematuramente, a reunião, revelando que o presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, também o fez.
"Entendi que não estava aqui a fazer nada, embora por respeito com a direção da Liga, e com os clubes derrotados, deixamos um nosso representante na reunião, tal como fez o Sporting, cujo presidente também entendeu que não estava cá a fazer nada", afirmou.
Pinto da Costa não se quis alongar sobre as cinco propostas apresentadas, que não foram admitidas pelos clubes que integram o G15, relembrando que se tratavam de "gralhas que a própria direção da Liga estava de acordo que havia que retificar".
O presidente do FC Porto afirmou ainda que não dará o seu aval a situações semelhantes, deixando um alerta aos clubes que integram o G15. "Se o G15, ou 13 ou 11, se sente preparado para substituir a Liga, deve provocar eleições e tomar conta da Liga", disse o dirigente do FC Porto, completando: "O que interpreto é que foi uma tentativa de fragilizar, não sei porquê ou comandado por quem, a direção da Liga. Mas nós não compactuaremos com isso."