Ministro das Finanças assegura que não tem qualquer papel na atribuição de isenções de IMI.
O Governo nega qualquer envolvimento na isenção de pagamento de IMI a um prédio da família de Luís Filipe Vieira, após uma alegada troca de favores entre Mário Centeno e o presidente do Benfica.
Em comunicado envido às redações, "o Ministro das Finanças assegura que em momento algum teve qualquer contacto com o Presidente do Sport Lisboa e Benfica, ou qualquer outra pessoa, a propósito de temas que se relacionem com interesses patrimoniais do Benfica ou da família do seu presidente".
A nota explica que o Governo não tem "qualquer intervenção na atribuição das isenções de IMI previstas no artigo 71, n.º 7, do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF), o qual estabelece que: Os prédios urbanos objeto de ações de reabilitação são passíveis de isenção de imposto municipal sobre imóveis por um período de cinco anos, a contar do ano, inclusive, da conclusão da mesma reabilitação, podendo ser renovada por um período adicional de cinco anos".
Estas isenções são atribuídas mediante deliberação do município, pelo que o Governo não intervém no processo, esclarece-se.
Segundo avança esta segunda-feira o Correio da Manhã, uma semana depois de Mário Centeno "ter metido uma cunha à direção do Benfica, em março do ano passado, para assistir ao jogo com o FC Porto na tribuna presidencial da Luz, onde acabou por estar com Luís Filipe Vieira, o presidente do Benfica recebeu um mail do filho, Tiago, a agradecer-lhe ter conseguido - pela sua influência - que fosse reconhecida a isenção de pagamento de IMI a um prédio da família".