Sociedade

400 atropelamentos com fuga no ano passado

Pedro Granadeiro/Global Imagens

Está a aumentar os atropelamentos com fuga em Portugal. O Governo reúne esta sexta-feira para combater o fenómeno e quer obrigar as autarquias a reduzir a mortalidade.

Entre janeiro e novembro do ano passado, cinco pessoas morreram vítimas de atropelamentos em que o condutor não parou. Foram registados 400 casos de atropelamento e fuga no ano passado. Números que estão a aumentar.

De acordo com as estatísticas da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária reveladas pelo Jornal de Notícias, 76 pessoas morreram atropeladas em Portugal no ano de 2017.

O ministro da Administração Interna já classificou a situação como "inaceitável" e convocou uma reunião da comissão interministerial de segurança rodoviária para travar a sinistralidade.

O encontro vai servir também para rever medidas de combate às três áreas da segurança rodoviária que mais têm piorado: os atropelamentos, os acidentes de mota e a condução sob o efeito do álcool.

No caso dos atropelamentos, o Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária, que já foi posto em prática pelo Governo, inclui várias medidas para diminuir os acidentes. O executivo quer atribuir mais responsabilidades a peões, condutores e autarquias.

No caso dos peões, o plano prevê, por exemplo, mão pesada para quem atravesse fora da passadeira.

No caso dos condutores, a GNR e a PSP vão aumentar a fiscalização do uso de telemóvel, velocidade e consumo de álcool nas zonas de mais atropelamentos.

Já as autarquias vão ser obrigadas a estabelecerem metas para a redução do número de peões mortos ou feridos com gravidade.

Na primeira semana de 2018 já morreram nove pessoas em acidentes rodoviários. Registaram-se mais de 2200 acidentes no mesmo período.