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Luís Montenegro afirmou, nos "Almoços Grátis" da TSF, não acreditar que o novo presidente do PSD vá mudar a orientação do partido, apesar de poder ter opiniões diferentes das de Passos Coelho.
Luís Montenegro considera que Rui Rio irá manter a orientação política da banca parlamentar do PSD. No espaço de debate da TSF "Almoços Grátis", o antigo líder parlamentar social-democrata defendeu que, pelo menos até ao final da presente legislatura, não deverá haver "uma grande diferença" na estratégia política do PSD.
Até "ao completar desta legislatura, não estou a ver que haja assim uma grande diferença", disse Luís Montenegro, "não estou à espera disso, independentemente de Rui Rio poder ter, sobre alguns temas, posições diferentes daquelas que a anterior direção tinha".
Em relação a uma eventual aproximação do PSD ao PS, com Rui Rio na liderança do partido, Luís Montenegro ressalvou que "o PSD nunca fechou a porta a consensos". O social-democrata defendeu, no entanto, que o PS só procura o PSD quando não consegue o apoio dos partidos à sua esquerda.
"O PS só vem ter com o PSD porque não tem o apoio do PCP e do Bloco de Esquerda", criticou Montenegro.
O antigo líder parlamentar do PSD acusa ainda os socialistas de não terem "a humildade de se colocar no seu lugar" quando procuram negociar com os sociais-democratas, sublinhando que o PSD tem mais deputados na Assembleia da República do que o partido no Governo.
O PS tem uma posição de "ou é como nós queremos ou então não há entendimento", afirmou Luís Montenegro.
Já Carlos César acusou o PSD de ter mantido uma "atitude de autoexclusão", ao longo da legislatura, e de "mudar de ideias" em matérias em que, tradicionalmente, sempre teve uma posição coincidente com a dos socialistas.
"Não fica bem ao PSD" mudar de posição "só para embaraçar o PS", afirmou o líder parlamentar socialista.
Quando questionado sobre se estariam já ambos os partidos a olhar para as próximas eleições legislativas, Carlos César responde afirmativamente. "Estamos a pôr os binóculos sobre o horizonte", ironizou.
Carlos César reafirmou, apesar de tudo, que o PS "não está no mercado à procura de novos aliados" e que é, basicamente, uma "regra social" que não se mude, "quando se está bem acompanhado".
Companhias que, na opinião de Luís Montenegro, mostram um comportamento "bipolar", que "confunde os portugueses".
"PCP e BE querem afirmar-se muito diferentes do PS mas depois aprovam tudo o que é essencial", acusou Montenegro.