Ambiente

"Medidas fazem sentido, mas a licença ambiental foi atribuída pelas autoridades"

Funcionários da empresa Ambipombal com a ajuda de 6 camiõe, fazem a sucção da espuma que cobre a água do Rio Tejo junto ao açude de Abrantes, 26 de janeiro de 2018. A situação foi detetada no dia 24 e a água continua a apresentar uma coloração castanhas escura. O Ambientalista Arlindo Marques denuncia que o foco da poluição terá origem em empresas de Vila Velha de Rodão. PAULO CUNHA/LUSA Paulo Cunha/Lusa

Associação ambientalista Zero concorda com os planos do governo para resolver os problemas do rio Tejo na Zona de Abrantes, mas deixa críticas a quem atribuiu a licença ambiental.

O ambientalista Francisco Ferreira considera que fazem sentido as medidas anunciadas pelo governo para resolver o problema grave de poluição que foi detetado esta semana no Tejo, mas recorda que foram os técnicos do Ministério do Ambiente que autorizaram, por exemplo, a Celtejo, uma fábrica de pasta de papel, a despejar no rio um caudal de efluentes equivalente a uma cidade de 150 mil habitantes.

Com estes fenómenos extremos de poluição há uma redução drástica dos níveis de oxigénio na água, o que leva ao desaparecimento dos peixes, como já acontece junto à barragem do Fratel, recorda Francisco Ferreira.