Economia

"Ainda temos de trabalhar muito para oferecer um serviço público em condições"

Sara Matos / Global Imagens

Domingues dos Santos, presidente do Metro de Lisboa, frisa que não é possível recuperar em poucos meses as consequências de cinco anos de travagem impostos pela troika.

Numa entrevista à TSF, Domingues dos Santos diz que o Metro está ainda a pagar a fatura desses anos, durante os quais a manutenção do material circulante não foi uma aposta e, por isso, existem nesta altura 29 carruagens "encostadas" com todo o prejuízo que tal situação tem na qualidade do serviço .

Com o Metro de Lisboa a assinalar os 70 anos da fundação, Domingues dos Santos garante no entanto que há muito trabalho em curso para recuperar o andamento, um esforço em especial das equipas de manutenção, que vão iniciar um segundo turno aos sábados.

Domingues dos Santos acredita que no final do primeiro semestre vão começar a sentir-se as melhorias, com mais carruagens a funcionar, menos atrasos e um melhor serviço público, em particular nas linhas Azul e Amarela.

Domingues dos Santos, presidente do Metro de Lisboa, um homem confiante na recuperação da qualidade do serviço prestado aos utentes, acredita que tal pode acontecer na viragem entre o primeiro e o segundo semestre deste ano.

O Metro de Lisboa está a assinalar os 70 anos sobre a fundação e tem previstas iniciativas para todo este ano como é o caso do Ciclo "Visitas para (re)viver Lisboa" através de visitas com clientes, aos quais será dada a conhecer a história da empresa, a sua evolução e as obras de arte que fazem parte daquele que é considerado um dos Metros mais bonitos do mundo.

Na comemoração destas sete décadas, o Metropolitano de Lisboa vai ainda realizar uma viagem no histórico comboio ML7, entre as Estações de Santa Apolónia e o Alto dos Moinhos, à qual se seguirá uma homenagem a 160 trabalhadores que perfazem 40, 30, 20 e 10 anos ao serviço da empresa, numa iniciativa que testemunha o reconhecimento do Metropolitano pelo desempenho das suas funções.