A procuradoria federal de Bruxelas pede 20 de prisão para a Salam Abdeslam, na sequência de um processo de tentativa de homicídio de agentes policiais.
No final de uma exposição, que durou cerca de duas horas, a procuradora federal pediu que Salam Abdeslam e o outro acusado fossem declarados culpados de homicídio na forma tentada e pediu que lhe fosse aplicada a pena máxima prevista, no condigo belga, para os casos que estão em julgamento.
20 anos de prisão para cada um deles, por se terem envolvido num incidente de tiros - a expressão utilizada pela procuradora, para descrever os vários disparos efetuados - sobre os agentes da polícia, no Bairro de Forest, em Bruxelas, quatro meses após os atentados de Paris, durante uma rusga, que visava a captura de Salam Abdeslam.
O único sobrevivente do grupo de atacantes da noite de 13 de novembro, no Stade de France e do Bataclan, está pela primeira vez numa audiência de julgamento, desde os atentados de Paris. Mas, já afirmou que nada vai dizer como forma de defesa.
Pede para a justiça fazer dele o que quiser. Disse depositar a confiança em Allah e não ter medo" dos juízes.
Quando a presidente do coletivo lhe perguntou por que razão não queria falar ao tribunal, Abdeslam respondeu que o "silêncio é um direito" que tem, que não faz dele "nem culpado nem criminoso", referiu a "existência de provas científicas e tangíveis", dizendo à juíza que "gostaria" que ela o julgasse com "base nessas provas", pediu-lhe que não cedesse à pressão publica", considerando que se é um julgamento que cede a pressões, que o coletivo pretende fazer, então que cedam as cadeiras de juiz "à imprensa",
Salam Abdeslam escutou a descrição dos factos de que é acusado e mantendo-se em silêncio dentro da sala.