Mundo

Ministério Público belga pede pena máxima de 20 anos para Abdeslam

epa06497804 Prime suspect in the November 2015 Paris attacks Salah Abdeslam (R) sits as he is surrounded by Belgian special police officers in the courtroom prior to the opening of the trial of terror suspects Salah Abdeslam and Sofiane Ayari, also known as Amine Choukri, in Brussels, Belgium, 05 February 2018. Terrorist suspects Salah Abdeslam and Sofiane Ayari are on trial for attempted murder of police searching for suspects of the November 2015 Paris terror attacks that left 130 people dead, when Abdeslam was on the run and hiding in the Belgian capital. Abdeslam allegedly escaped a shootout with Belgian police in March 2016 during which he wounded four officers but was captured and arrested some days later in downtown Brussels. The trial in Belgium only deals with the shootout prior to the arrest. His role in the Paris terrorist attacks will be tried in a court in France at a later stage. EPA/EMANUEL DUNAND / POOL Emanuel Dunand/EPA

A procuradoria federal de Bruxelas pede 20 de prisão para a Salam Abdeslam, na sequência de um processo de tentativa de homicídio de agentes policiais.

No final de uma exposição, que durou cerca de duas horas, a procuradora federal pediu que Salam Abdeslam e o outro acusado fossem declarados culpados de homicídio na forma tentada e pediu que lhe fosse aplicada a pena máxima prevista, no condigo belga, para os casos que estão em julgamento.

20 anos de prisão para cada um deles, por se terem envolvido num incidente de tiros - a expressão utilizada pela procuradora, para descrever os vários disparos efetuados - sobre os agentes da polícia, no Bairro de Forest, em Bruxelas, quatro meses após os atentados de Paris, durante uma rusga, que visava a captura de Salam Abdeslam.

O único sobrevivente do grupo de atacantes da noite de 13 de novembro, no Stade de France e do Bataclan, está pela primeira vez numa audiência de julgamento, desde os atentados de Paris. Mas, já afirmou que nada vai dizer como forma de defesa.

Pede para a justiça fazer dele o que quiser. Disse depositar a confiança em Allah e não ter medo" dos juízes.

Quando a presidente do coletivo lhe perguntou por que razão não queria falar ao tribunal, Abdeslam respondeu que o "silêncio é um direito" que tem, que não faz dele "nem culpado nem criminoso", referiu a "existência de provas científicas e tangíveis", dizendo à juíza que "gostaria" que ela o julgasse com "base nessas provas", pediu-lhe que não cedesse à pressão publica", considerando que se é um julgamento que cede a pressões, que o coletivo pretende fazer, então que cedam as cadeiras de juiz "à imprensa",

Salam Abdeslam escutou a descrição dos factos de que é acusado e mantendo-se em silêncio dentro da sala.