Dados da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) demonstram que os crimes contra idosos têm vindo a aumentar de ano para ano.
Na véspera do debate no Parlamento de projetos de lei do CDS-PP e do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) que visam o agravamento das penas dos crimes cometidos contra idosos e criminaliza um conjunto de condutas praticadas contra pessoas especialmente vulneráveis, este foi o tema discutido no Fórum TSF desta quinta-feira.
O Partido Ecologista os Verdes pede ainda que haja um reforço da fiscalização aos lares de idosos.
Do lado do CDS, a deputada Vânia Dias da Silva sublinhou a necessidade de criminalizar o abandono intencional de idosos em hospitais ou outras instituições.
O presidente da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) diz que o que se vai sabendo é apenas a ponta do iceberg. Nos últimos anos os pedidos de ajuda têm aumentado.
Para Cristina Cunha, da linha SOS Pessoa Idosa, a solução não passa apenas pela criminalização. É preciso uma estratégia que envolva toda a sociedade, defende.
Dados da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), citados pelo CDS-PP, demonstram que, entre 2013 e 2016, os crimes contra idosos aumentaram cerca de 30%, sendo que o relatório de 2016 demonstra um aumento de 3,3% neste tipo de crimes, face a 2015.
Segundo as mais recentes projeções do INE relativamente à população residente em Portugal, entre 2015 e 2080, o número de idosos passará de 2,1 milhões para 2,8 milhões e o índice de envelhecimento só tenderá a estabilizar em 2060.
As mesmas projeções apontam para um agravamento do índice de envelhecimento, que poderá mais do que duplicar entre 2015 e 2080, passando de 147 para 317 idosos por cada 100 jovens.