Gilberto Madaíl apelou, esta terça-feira, à «contenção» verbal dos agentes desportivos, comentando a denúncia do presidente do Benfica sobre a existência de resultados viciados no futebol. O presidente da FPF admitiu ainda que a justiça desportiva tem dificuldades.
O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) apelou, esta terça-feira, à «contenção» verbal dos agentes desportivos, comentando a denúncia do presidente do Benfica sobre a existência de resultados viciados no futebol, para a qual exigiu a intervenção da PJ.
«Toda a gente tem o direito a indignar-se, mas todos têm de saber o lugar que ocupam e há afirmações que têm de ser bem pensadas, para que não provoquem grande agitação», disse Gilberto Madaíl, depois da sessão de abertura de um curso de formadores de treinadores da UEFA, no Estoril.
O líder da FPF sustentou que «o futebol português não precisa de problemas e de polémicas», acentuando a responsabilidade de «todos os agentes desportivos, desde os que dirigem aos treinadores aos jogadores».
Madaíl fez questão de frisar que a justiça desportiva faz o que pode, «obviamente» com os dados que recebe sobre o que se passa no futebol português, sendo que «há processos que não chegam» à justiça desportiva.
Falando em particular do Apito Dourado, o dirigente do organismo que superintende o futebol português admitiu que a justiça civil tem tido algumas «dificuldades processuais», acrescentando que «ficava agradado se tudo tivesse sido resolvido em 2004, o mais tardar em 2005».
«Se a própria justiça civil tem dificuldades num processo desta dimensão, é natural que da parte da justiça desportiva essas dificuldades se ponham da mesma forma», sublinhou.