Os jogadores do Boavista confirmam, este sábado, que vão avançar com a greve agendada para domingo, por não terem obtido respostas da SAD do clube sobre os ordenados em atraso. Para o presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol, o clube «está à beira de um abismo».
Os jogadores do Boavista confirmaram, este sábado, que vão avançar com a greve agendada para o jogo de domingo com o Nacional, por não terem obtido respostas da SAD do clube sobre os ordenados em atraso.
Os futebolistas tinham dado um prazo até ao meio-dia deste sábado, que foi posteriormente alargado para as 13:00 horas, mas, como não obtiveram respostas, a decisão de fazer greve «mantém-se», disse o presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF).
«A única alteração que houve face à detenção do investidor e aos problemas que se sucederam foi a SAD apresentar uma solução concreta para o problema», o que não veio a acontecer, disse Joaquim Evangelista.
O sindicalista fez questão de frisar que «os jogadores estão determinados e têm consciência do que está causa», porque cada um tem de assumir as suas responsabilidades».
«O Boavista está à beira de um abismo», mas «a responsabilidade é dos dirigentes e não dos jogadores», sublinhou.
A confirmar-se a greve de domingo, o Boavista será penalizado com uma derrota de 3-0 e os futebolistas do clube apenas se apresentam no Estádio do Bessa na terça-feira.
O plantel tem em atraso os vencimentos de Fevereiro e Março e 60 por cento do de Dezembro, tendo entregue o pré-aviso a 9 de Abril, altura em que o presidente Joaquim Teixeira estava a negociar com um investidor uma injecção de 38,5 milhões de euros.
Na sexta-feira, estava prevista a transferência de 9,5 milhões de euros, mas não se realizou e o empresário Sérgio Silva acabou por ser conduzido às instalações da Polícia Judiciária.