O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações vai reúne esta segunda-feira com a administração da Lusoponte para discutir os termos do contrato que a concessionária das travessias do Tejo tem com o Estado.
À margem de um almoço promovido pela Câmara de Comércio Luso-Britânica, Mário Lino disse que «há uma nova situação com o aeroporto 'do lado de lá' [margem sul]».
«Essa nova situação introduz um elemento novo em todo o equilíbrio da concessão», afirmou, justificando a necessidade de negociações com a Lusoponte nesta reunião que hoje se realiza.
«Se construirmos uma nova ponte e ela retirar tráfego à ponte Vasco da Gama [concessionada à Lusoponte] é legítimo que a Lusoponte nos diga: 'há aqui uma alteração do contrato, porque nos foi retirada uma parte substancial do tráfego», explicou Mário Lino.
«Mas também é legítimo que se verifique o contrário, porque pode haver um aumento de tráfego não previsto, que teremos que reconcessionar», acrescentou o ministro.
Mário Lino manifestou a esperança de que o contrato de concessão com a Lusoponte não esteja em causa e garantiu que o seu objectivo é apenas «defender o interesse público». «Espero que cheguemos acordo», afirmou.
No dia seguinte à divulgação do estudo do LNEC que favorece Alcochete para a localização do novo aeroporto de Lisboa, Mário Lino reconheceu a necessidade de renegociação do contrato com a Lusoponte.
«Como é óbvio isto introduz aqui uma alteração que justifica que se inicie um processo de discussão com a Lusoponte com vista a repensar o contrato», tinha já afirmado Mário Lino na sexta-feira.